@hugoarrunategui
sábado, 4 de setembro de 2010
There is a peace beyond the door
Diamante, diálogo e peixe-rei
A gota mal nasceu e já tinha o curso definido
(E que curso complicado!)
Seguiu (o curso)
Ela era transparente e continuou seguindo (o curso)
Aquela gota que foi bela foi (excepcionalmente) um fluido sólido (bonita como o estado raro do grafite)
Era transparente e se tornou turva (além de viscosa)
Antes de turva, foi translúcida
A gota segue o rio
Respinga pra lá. Respinga para cá.
Sofre quedas (e que quedas!)
Coitada da gota.
Não sei se ela continua seguindo pois é muito valente ou se simplesmente o rio flui e tem que escoar.
Será o rio tão cruel?
A gota já é turva e agora, na iminência da opacidade está.
Gota, gota, és de oxigênio assim como todas as outras, mas te falta ar.
Poeta, poeta, não é o ar que me falta. É a pureza nele que não encontro. Poderia eu sonhar?
Ahhh... Gota. Só não te esqueças que o rio flui.
Uma outra gota passa empurrando e leva a nossa.
A única testemunha é o menino no barranco que joga peixe-rei... e olha! Acertou a gota de novo! - Arrunátegui, Hugo
Eric Clapton - Tears in Heaven
Um forte abraço!
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Belo poema Sir. Tem tempo que não escreve por aqui heim! Abraço!
ResponderExcluirGostei de ver que vc continua escrevendo...!
ResponderExcluirNão pare, escreva mais, sempre mais...
Bjoss!